sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Zoológico de São Paulo

Estive no zoo de SP esta semana, fui apresentar uma das grandes atrações desta grande metrópole para a Gi, uma prima que mora em Natal e passa alguns dias por aqui. Em uma cidade em que o bicho-homem é o rei, ter acesso a um pequeno pedaço da natureza parece ser um grande benefício. Eu já tive o privilégio de ver e fotografar muitas das espécies do Zoo de SP em seu habitat natural, e em quase todas as situações me senti pequeno diante do poder da mãe natureza. Então por este motivo estar neste local é uma mistura de euforia em função da esperança de que os frequentantes saiam com uma pequena parcela de conscientização e com um mínino espírito de preservação.

Lamentávelmente esta euforia transforma-se rapidamente em melancolia, e estas sensações brigam como se fossem um cabo de guerra, primeiro pela limitação de espaço a que são submetidos estes animais, embora eu saiba que este é um espaço planejado, é vísível o stress de muitos animais. Depois, porque logo vemos que aquela esperança é um falso sinal, muito lixo jogado jogado ao longo do percurso e as vezes muito pior, cheguei a ver um pai oferecendo um palito de sorvete a uma ave, e fez isto sorrindo para uma criança ao seu lado. Para o bem desta criança espero que não seja o pai dela. Alguns frequentadores deveriam passar por um treinamento antes de entrar no parque e para muitos deles o meu desejo é que fiquem longe dos paraísos naturais ainda preservados, seja no Brasil ou em qualquer lugar. Afinal, bom senso, educação e respeito em breve terá também um local reservado no parque zoológico e bem ao lado das espécies em risco de extinção. Espero que gostem das fotos.
Com que frequencia você entrega-se ou recebe um momento como este?


Hora do almoço. Aqui o ratinho é entregue na gaiola e até rendeu uma boa foto, mas nada como presenciar este animal caçando ao ar livre.




































Mico Leão Dourado - Curioso e divertido.

Elas sabem, o perigo está por perto, é bom ficar de olho.

domingo, 15 de agosto de 2010

Morro do Pai Inácio - Coração da Bahia

Este é um dos cartões postais oficiais do Brasil, fiz esta foto no alto do morro do Pai Inácio, no alto do morro você tem uma fabulosa visão de 360º, podendo avistar os principais morros da região. O nome do morro deve-se a uma lenda existente na região. Segundo ela, um escravo, Inácio, apaixonou-se pela esposa de um poderoso coronel. Quando um dia ele descobriu o romance, mandou pistoleiros no seu encalço. Inácio foi encurralado no alto dessa montanha, e não tendo como escapar, saltou com a sombrinha da amada. Conta-se que muitos conseguiram ver Pai Inácio correndo entre os vales para nunca mais voltar.

Este é o cenário logo a direita da foto que o é cartão postal da região, foi uma das ultimas fotos feitas nesta sensacional viajem e o asfalto que vemos na foto já sugere o retorno para casa.

Chapada Diamantina - Interação

Interação. Acho que este é o processo natural que ocorre depois que você passa algumas horas infiltrado em um patrimônio natural como este. Quando digo interação quero dizer, participar deste ambiente sem causar prejuizos, seja ela qual for, ao ambiente. E ao conseguir uma imagem como esta, acredito que conquistei isto.
Esta é uma foto feita pelo Hary, eu estou oferecendo um pedaço de banana aos macacos. Algumas pessoas tentaram e não conseguiram, elas estavam com medo e eles não se aproximavam, acho que de alguma forma eles sabiam que a unica coisa que eu gostaria de trazer daquele momento era exatamente este sentimento de interação.
Mais, uma pose do meu amigo macaco, muito curioso com a lente da minha camera. Agora ao descrever esta cena acabo de lembrar de um momento também muito legal, eu estava em uma trilha a espera de uma pequena ave para fotografar, e consegui encontrá-la, fiz algumas fotos e ao seguir na trilha este pequeno pássaro passou a nos acompanhar. Em breve trago algumas imagens deste pequeno artista.
Frequentemente vemos nos parques aqui de São Paulo placas que dizem proibido nadar, proibido isso e proibido aquilo e normalmente acessamos alguns destes parques mediante o pagamento de um ingresso. Ao olhar as próximas fotos dá para compreender a importância de se preservar um lugar como este. Com um certo grau de educação e cultura não será preciso cercas, muros ou ingressos para proteger tudo isto.
Aqui fica evidente duas coisas, a primeira é que temos um paulistano nato boiando neste lago. E a segunda é que descobri que fiquei enfeitiçado por este lugar. Tenho certeza que retornarei. O Vale do Capão é uma vila com um clima exotérico, lá moram muitas pessoas que foram visitar a chapada e nunca mais voltaram. Eles tem coragem e qualidade de vida.

 Foi bastante dificil selecionar as fotos que publiquei aqui. A diversidade de fotos que produzi é bastante grande, tentei transmitir o quanto grandioso é este lugar, se puder visite, traga as fotos e se tiver que voltar para casa não deixe nada por lá.

Chapada Diamantina - Uma breve passagem

Essa é a galera topa tudo, foram dois dias muito intensos, como o tempo era reduzido precisávamos aproveitar o máximo. Não consigo imaginar voltar a este lugar e não ter esta turma ao meu lado, nesta foto ainda falta algumas pessoas, mas pretendo resolver isto, vou retornar para a chapada e tentar juntar toda a turma. A todos muito obrigado pela companhia. A seguir apresento um resumo em algumas fotografias, ainda estou fazendo algumas pesquisas, nomes de plantas, rochas, animais e aí posso finalizar o livro que estou editando que vai conter muito mais algumas imagens além destas.
Os caminhos que encontrei pela frente me traziam um sentimento de confiança, muito provavelmente pela expectativa do que ia encontrar. E olha que eu não fazia idéia da surpresa que me aguardava lá no final desta trilha de apenas 6km e que me apresentaria uma cachoeira com 380 metros de altura, a Cahoeira da Fumaça.
Logo no começo da trilha há uma pequena vila muito agradável. Esta é uma casa típica da região e uma das curiosidades são as pinturas artísticas das paredes. Alguma simulam janelas, portas e até uma prosa entre vizinhos. Algumas destas pinturas são tão interessantes que se você der aquela passada de olho rápida com certeza vai voltar o olhar para certificar-se que não se trata de uma cena real.
Logo no começo da trilha já sentia um clima de tranquiladade imensa, neste momento o silêncio interrompido apenas pelo som de nossos calçados e pelo click de minha câmera era algo imprescindível. A explosão desse sentimento e deste silêncio viria mais tarde...


O dia escolhido foi um presente da natureza, muito sol porém uma brisa muito suave era o refresco que precisava, o primeiro quilômetro da trilha é bem puxado e exige um mínimo preparo físico, algumas pessoas desistem neste ponto, mas depois de passar desta fase a trilha segue muito tranquila. A cena ao lado é um dos vários pontos de descanço.
Algumas vezes saindo um pouquinho da trilha você encontra espécies incrívelmente belas. Algumas que eu havia visto apenas em livros. O que espero é que este local que pisei não faça, no futuro, apenas parte do capítulo de um livro. O sentimento de preservação e cultura é tão importante quanto o ar respirado neste local.

Neste ponto ja tinha caminhado por pouco mais de duas horas e ao som do vento, da água e dos pássaros começa acontecer uma coisa incrível... Já estive em luitos lugares e fotografei muitos outros... Entre todos eles este me passou uma sensação única, tornando o topo da Canhoeira da Fumaça o local mais especial que já estive até hoje.

Claro que cada lugar traz emoções e sentimentos diferentes mas nada foi igual a este. Aqui estou bem ao lado do paredão onde se forma a Cachoeira da Fumaça e acreditem este arco-iris não é efeito fotográfico. Este paredão tem 380 metros de altura e o que vejo é um imenso vale, o vento traz para cima, em forma de gotículas, a água que cai pela cachoeira formando este arco-iris ao lado do precipício. Fiquei sentado em uma pedra por vários minutos e senti vontade de ouvir uma música, desde a primeira vez que ouvi esta música e ao fechar os olhos imaginava um lugar como este. E a única coisa que quebrou o silêncio foi um grito de extremo prazer trazendo a tona toda a emoção que senti em estar neste lugar, esta sensação nunca pude imaginar que sentiria, foi algo realmente muito especial, mais especial que isto só o nascimento do Arthur e da Malu, meus maravilhos filhos, dois momentos que também me fizeram chorar de alegria.

Depois desta overdose de emoção não fotografei mais aquele cenário que tenho guardado em minha mente e recomendo que você também conheça e se quiser ouça a música "A pedra mais alta" com "O Teatro Mágico".
No retorno o sentimento de sintonia com a natureza foi muito grande, pude comprovar isto no dia seguinte, além das fotos, consegui interagir um pouco com a natureza... mas isto fica para um próximo post.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Coragem na margem do Rio São Francisco

É impressionante ver a coragem das pessoas que vivem no sertão da Bahia. Poder ver uma cena destas é motivo para muita reflexão. A força de trabalho diante dos obstáculos naturais e financeiros tornam estas pessoas grandes exemplos de brasileiros que constroem o Brasil e não aparecem nos créditos finais.

Rio São Francisco - Xique Xique


Uma embarcação abandonada a margem do Rio São Francisco em Xique-Xique, que é uma tradicional cidade sertaneja da Bahia. Esta imagem é uma relíquia que não se deixa passar despercebida, entretanto, o contraste mais marcante nesta região é o quanto o rio tem mudado a paisagem da região e o acelerado processo de assoreamento tem mudado muito as caracteristicas do rio. As ilhas que surgem no meio do rio parecem interessantes para os os turistas, mas um olhar mais cuidadoso revela a luta da natureza pela sobrevivência. Como se não bastasse a já difícil luta do sertanejo local.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Gruta dos Brejões 01

Dentre as grutas que já tive a oportunidade de fotografar, a Gruta dos Brejões certamente foi a mais impressionante, acho que isso se deve a aspectos singulares da região em que ela se encontra. Região de uma beleza rara e incrivelmente mutante onde cada visita é uma surpresa da natureza que, apesar da interferência do homem, tem uma capacidade incrível de recuperação. Brevemente vou postar algumas 1500 fotos que tenho deste local comparando épocas diferentes. Parece outro lugar.

Esta entrada é extremamente imponente, a boca da caverna tem 123 metros de altura. Alguns quilômetros antes desta entrada há uma simpática vila onde contrata-se os guias para esta aventura.

Nesta caverna você encontra pinturas rupestres, colunas calcárias, fósseis, etc. Apenas estes itens já deveriam ser suficientes para um projeto de controle e conservação.


A religiosidade está presente logo na entrada da gruta, este é um dos pontos onde visitantes deixam objetos e agradecem as graças alcançadas, neste altar também encontra-se um pedra esculpida naturalmente onde temos a impressão de estar vendo o rosto de Cristo.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Bom pessoal, esta é a primeira postagem deste blog, aliás um ferramenta bem interessante, que vou procurar usar com uma certa frequência. O objetivo inicial é publicar fotos de meu arquivo pessoal e não vinculadas ao trabalho comercial, para qual é claro estou a disposição de todos. Aos poucos vou colocando fotos antigas intercalando com os clicks atuais e futuros. É isso aí... obrigado pela visita. Há não podia deixar de dizer, aqui nesta foto, que foi feita pelo Hary (meu cunhado) estou na Chapada Diamantina-BA em uma trilha que leva para a Cachoeira da Fumaça, em breve vou postar mais fotos deste lugar que é simplesmente mágico. Eu recomendo.