domingo, 15 de agosto de 2010

Chapada Diamantina - Uma breve passagem

Essa é a galera topa tudo, foram dois dias muito intensos, como o tempo era reduzido precisávamos aproveitar o máximo. Não consigo imaginar voltar a este lugar e não ter esta turma ao meu lado, nesta foto ainda falta algumas pessoas, mas pretendo resolver isto, vou retornar para a chapada e tentar juntar toda a turma. A todos muito obrigado pela companhia. A seguir apresento um resumo em algumas fotografias, ainda estou fazendo algumas pesquisas, nomes de plantas, rochas, animais e aí posso finalizar o livro que estou editando que vai conter muito mais algumas imagens além destas.
Os caminhos que encontrei pela frente me traziam um sentimento de confiança, muito provavelmente pela expectativa do que ia encontrar. E olha que eu não fazia idéia da surpresa que me aguardava lá no final desta trilha de apenas 6km e que me apresentaria uma cachoeira com 380 metros de altura, a Cahoeira da Fumaça.
Logo no começo da trilha há uma pequena vila muito agradável. Esta é uma casa típica da região e uma das curiosidades são as pinturas artísticas das paredes. Alguma simulam janelas, portas e até uma prosa entre vizinhos. Algumas destas pinturas são tão interessantes que se você der aquela passada de olho rápida com certeza vai voltar o olhar para certificar-se que não se trata de uma cena real.
Logo no começo da trilha já sentia um clima de tranquiladade imensa, neste momento o silêncio interrompido apenas pelo som de nossos calçados e pelo click de minha câmera era algo imprescindível. A explosão desse sentimento e deste silêncio viria mais tarde...


O dia escolhido foi um presente da natureza, muito sol porém uma brisa muito suave era o refresco que precisava, o primeiro quilômetro da trilha é bem puxado e exige um mínimo preparo físico, algumas pessoas desistem neste ponto, mas depois de passar desta fase a trilha segue muito tranquila. A cena ao lado é um dos vários pontos de descanço.
Algumas vezes saindo um pouquinho da trilha você encontra espécies incrívelmente belas. Algumas que eu havia visto apenas em livros. O que espero é que este local que pisei não faça, no futuro, apenas parte do capítulo de um livro. O sentimento de preservação e cultura é tão importante quanto o ar respirado neste local.

Neste ponto ja tinha caminhado por pouco mais de duas horas e ao som do vento, da água e dos pássaros começa acontecer uma coisa incrível... Já estive em luitos lugares e fotografei muitos outros... Entre todos eles este me passou uma sensação única, tornando o topo da Canhoeira da Fumaça o local mais especial que já estive até hoje.

Claro que cada lugar traz emoções e sentimentos diferentes mas nada foi igual a este. Aqui estou bem ao lado do paredão onde se forma a Cachoeira da Fumaça e acreditem este arco-iris não é efeito fotográfico. Este paredão tem 380 metros de altura e o que vejo é um imenso vale, o vento traz para cima, em forma de gotículas, a água que cai pela cachoeira formando este arco-iris ao lado do precipício. Fiquei sentado em uma pedra por vários minutos e senti vontade de ouvir uma música, desde a primeira vez que ouvi esta música e ao fechar os olhos imaginava um lugar como este. E a única coisa que quebrou o silêncio foi um grito de extremo prazer trazendo a tona toda a emoção que senti em estar neste lugar, esta sensação nunca pude imaginar que sentiria, foi algo realmente muito especial, mais especial que isto só o nascimento do Arthur e da Malu, meus maravilhos filhos, dois momentos que também me fizeram chorar de alegria.

Depois desta overdose de emoção não fotografei mais aquele cenário que tenho guardado em minha mente e recomendo que você também conheça e se quiser ouça a música "A pedra mais alta" com "O Teatro Mágico".
No retorno o sentimento de sintonia com a natureza foi muito grande, pude comprovar isto no dia seguinte, além das fotos, consegui interagir um pouco com a natureza... mas isto fica para um próximo post.

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